quarta-feira, 20 de abril de 2022

 

                        SÓ UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIOS

Um das grande contradições de certas pessoa é se dizer uma pessoa com princípios, mas de fato aceitar na prática situações  opostas a tais princípios, tidos como aceitos. São princípios,  o  respeito á vida, igualdade da pessoa humana, o respeito a livre iniciativa do trabalho,  e a liberdade de que cada pessoa possa dizer o que pensa.

Por exemplo, uma pessoa diz ter como princípio o respeito á vida, mas cai numa incoerência muito grande defender o aborto, a pena de morte, ou mesmo a eutanásia. Hora, se como princípio à vida tem de está em primeiro lugar, não pode haver tolerância com a conveniência de aceitar os casos de aborto  – Há! mas, a menina vai sofrer a pressão social! Hora o corpo da mulher pertence a muher e ela faz dele o que quiser!  De outro modo ser conivente com a Eutanásia, morte consetida, pelos argumentos de que, _  Cada pessoa é dono de sua vida e pode fazer dela o que bem desejar!  Assim recomendar aos médicos abrevia a vida de alguém, mesmo por amor é contraditório.  Na defesa da Pena de Morte indo na linha de pensamento, _ Ora o indivíduo cometeu tamanhos crimes hediondos, daí ser  é melhor para a sociedade que se tire a vida desse  selvagem, ele  virou um animal! Ele é  um risco para todos se solto, e, até mesmo,   para aliviar a sociedade com o senso de realizada  é melhor que se aplique a pena de morte, no caso dele. Ora, é incoerente declarar-se como tendo como princípio o respeito à vida para todos esses casos.

Alguém ainda pode dizer,  tenho como princípio a igualdade da pessoa humana. Porém, aceitar que uns são mais iguais que outros é um erro. Está escrito,  Todo homem deve nascer em igualdade de direitos, foi isso que os revolucionários franceses estabeleceram na Declaração dos Direitos do Homem, em 1789. Ninguém pode ser discriminado por sua cor, raça ou credo, ou opção sexual.  Já se ouviu pessoas dizerem que defendem a liberdade de opinião. Porém, quando o que outro diz  vai de encontro aos seus interesse, dizem  ser preferível que outro ficasse calado. Entretanto, foi assim que os grandes revolucionários mudaram o mundo, dizendo o que pensavam. Quem tinha a capacidade de escutar,  se tornava esclarecidos,  os que não,  se afundavam no fanatismo, no fundamentalismo religioso. Já ouviu a frase: Posso não concordar em nada do que você diz, mas irei até o fim com você,  pela defesa do seu direitos de falar e dizer qual é a sua opinião, mais ou menos com essas palavras que Voltaire influenciou os revolucionários franceses da Revolução Francesa.  

Outros podem dizer, defendo como princípio a livre iniciativa, mas aceito que sejam mais ricos aqueles que trabalharam mais, pois eles fizeram por merecer trabalhando muito mais que outros. Pobre é pobre porque é preguiçoso! O camarada quer montar um negócio para sobreviver, mas alguém vem e diz que ali ele não pode se estabelecer. Gente! Não existe dignidade se o homem não pode viver com o fruto do seu trabalho. Toda espécie de ajuda do Estado,  sim  é bem vida, quem tá na imediaticidade de morrer de  fome precisa da solidariedade do Estado e das outras pessoas. Apenas pela via do trabalho é que se pode uma pessoa alcançar realmente sua cidadania. Também, não dá pra admitir sujar, denegrir o que o outro faz, desmoralizando-o  só porque uma pessoa ocupa ou desempenha dada ocupação social.

Importa é que não ter respeito pelo outro é desrespeitar o trabalho dele, seu espaço corporal, sua maneira de falar ou se posicionar por causa de sua cor, crença religiosa, ou opção sexual. Ter princípios é caminhar para ser uma pessoa civilizada e socialmente integrada, respeitando a si e os outros.

 

  

MENINOS PERVERSOS CHEFES ASSEDIADORES

 

Existe uma deformação no caráter na qual pessoas usam de crueldade para anular os outros. Esse traço da personalidade acentua-se quando se encontra ambiente propício para seu desenvolvimento, como lares permissivos, escola ou ambiente de trabalho sem coerção. Tais indivíduos crescem se habituando a humilhar e a diminuir os outros. Á essas pessoas, a perversidade provocada no outro, proporciona, até mesmo, satisfação e bem estar. 

J.L. contava com alegria como conseguia que os coleguinhas do primário lhes dessem seus lanches no horário de recreação. Intimidava-os demonstrando os golpes que aprendera na academia, paga desde cedo pelo seus pais. Geralmente expunha o corpanzil e falava em tom ameaçador no meio de todos, tudo minuciosamente observando a atitude dos outros, facilmente amedrontáveis. Depois disso, procurava suas vítimas, as crianças mais tímidas e as mais franzinas. Ele as ameaçava com palavras, se não reagiam, via se transformar em uma presa fácil. O pai o encorajava dizendo: - Não são fracotes? Então é porque os pais são sem iniciativa e merecem ser exploradas, mesmo! J.L. contava tudo isso de modo espontâneo, no meio dos colegas. Mesmo, agora adulto, ele logo procura se impor com voz agressiva e gestos largos. 

Acontece que, hoje, J.L. é dono de uma pequena empresa, seus funcionários costumam dizer se tratar de um chefe muito grosseiro, de uma liderança ostensiva, em que todo mundo abaixo dele têm que cumprir metas extenuantes. Aqueles que não conseguem, aparecem com seus nomes numa lista, apregoada em um quadro de avisos. Volta e meia, dizem seus colaboradores, ainda passam constrangimentos de frases subentendidas e indiretas: - É, tá indo mal das pernas, olha que temos que conversar! O indivíduo ficava pressionado, ou produzia mais ou cometia uma série de erros, que junto ao baixo desempenho o levava à demissão.

As mulheres da empresa vivem em estado de alerta, pois volta e meia existem convites feitos não de forma direta, mas de cunho imoral. MJ, uma mulher muito bonita, chegou mesmo a pedir demissão da empresa, a perseguição foi tamanha e como a mesma não cedia, ficou inviável continuar na empresa. Algumas colegas costumavam incitá-la a ceder às investidas de JL, dizendo: - Vai boba! Você vai receber um tratamento diferenciado na empresa. Porém, mesmo aquelas que já tinham saído com o chefe, eram maltratadas e cobradas de forma extenuante. Apesar de MJ ameaçar diversas vezes dar parte na polícia, processá-lo, JL não se intimidava.

Comportamentos perversos, como este, são encontrados em escolas, lares ou no ambiente de trabalho. O problema está em que, geralmente, tais pessoas contam com a discrição de quem assiste e não toma partido, por medo de se tornar a próxima vítima, ou pela satisfação de ver o sofrimento dos outros. Na escola o coleguinha assiste a cena de bullying, chega em casa conta para os pais, que logo dizem: - “ Não se mete, eles que são branco que se entendam!”  No trabalho assistimos o colega ser pressionado constantemente, e nos conformamos, afinal ele está sofrendo é porque fez por merecer! O certo é que o assédio moral, o assédio sexual e o bullying contam com a conivência dos espectadores e da vítima e que no fim,, acabam por destruir o assediado, muitos mesmo chegam a cometer suicídio.

É um tipo de comportamento gratuito. Nasce do comportamento perverso, não adianta procurar explicação, porque há um enredamento entre o caçador e sua vítima. A verdade é que a fraqueza da vítima é também o combustível para novas insinuações e quando perguntado, o assediador se esquiva dizendo: - Não tem nada pessoal! É imaginação dele. Não ditos, dissimulações, gestos e comportamentos de desprezo, são as armas do assediador, um arsenal pesado jogado sobre à vítima para desestabilizá-la emocionalmente, fazê-la cometer erros, desequilibrar-se. Se houver gritos ou a vítima reagir grosseiramente, procurará desmerecê-la diante dos que assistem, numa clara virada de jogo. Com a auto-estima degradada a pessoa cai em depressão ou mesmo se afasta do trabalho e algumas chegam a morrer, sendo esse o sucesso da pessoa perversa. 

Para quebrar tal enrendamento é quanto a tudo ir juntando provas, adquirir confiança e a amizades dos outros. Deve se saber com quem se pode contar nessa hora, sempre que possível relatar para pessoas ocupantes de cargos superiores na hierárquia o que anda acontecendo. Se o assediador for o dono da empresa, deve-se reunir provas para denúnciá-lo, gravando, registrando, etc., mesmo que sejam meras desconfianças. As crianças devem relatar o problema para os pais, os pais devem atinar para detalhes comportamentais das crianças, como falta de expectativa, tristeza, etc., manter a calma é super necessário, afinal: “- apelou perdeu!”, adiquirindo confiança pode-se aos poucos melhorar o psicológico. Conversar com os mais próximos, parentes, amigos, desabafar e não guardar para si, é uma das saídas para se evitar a depressão. 

Desvios de comportamento vão sempre existir, pois não se pode mudar as pessoas, senão a nós mesmos, assim procurar ficar atento em casa, no ambiente de trabalho ou na escola, só assim, se pode escapar do índivíduo perverso ou assediador. 

( Texto do professor: Ivalcy Thoma, subsídios para uma vida com confiança, material apostilado, 2001).