domingo, 1 de maio de 2016

Esquema e resumos



O ESQUEMA E O RESUMO DE PARÁFRASE
Certa vez uma colega me confessou “sou capaz de fazer minha dissertação com uma facilidade, mas agora que tenho que fazer o resumo dela, não consigo”. Ouvi, e antes que eu começasse a fazer “um grande sermão” de como tudo seria mais simples se ela soubesse algumas técnicas de visualização de texto, resolvi apenas escutá-la e compadecer-me junto com ela de seu sofrimento. Penso, que os alunos já deveriam aprender desde cedo desse expediente, quando não no fundamental, pelo menos no ensino médio, para poderem extrair futuramente  benefícios nos trabalhos de faculdade.
O texto todo é um grande discurso apoiado por argumentos. Argumentos principais são apoiados por outros argumentos subalternos e que lhe dão sustentação. O problema é encontrar o argumento principal e formar uma grande árvore de ideias que conduzem até ele. Outra pessoa que visualize esta  grande árvore deve ser  capaz de reconhecer o conteúdo do texto ali.  Porém, há que se ter o cuidado da limpeza do esquema para que não seja colocada ideias de mais, tornando-o inchado e nem ideias de menos tornando-o vago. Não se pode demonstrar acanhamento, ficando restrito a transcrever palavra por palavra que o autor escreveu no texto, nem também escrever algo que o autor não o disse. A criatividade do elaborador do esquema deve aparecer na estrutura que melhor lhe seja conveniente, para enxugar o texto: esquema tipo árvore, tipo arco, quadro de tópicos, etc. assim como nos meios empregados para a passagem de uma ideia para outra, usando chaves, sinais, símbolos, setas.








O RESUMO
 O resumo agora fica muito mais fácil, contando o esquema com suas palavras, apenas usando a terceira pessoa será muito eficiente. Lembro-me da admiração de um Doutor, numa banca de avaliação para eu ser aceito numa instituição de renome, que exclamou de sua admiração e de como ninguém o havia ensinado a fazer esquemas e resumos. Guardei para mim o pensamento de como aquele homem deve ter tido algumas dificuldades que poderiam ser amenizadas, mas enfim. Não deve se esquecer de citar o nome do autor e a data da publicação da obra em que foi extraído o comentário. Ao se fazer fichamento para uma possível citação indireta, pois não foi usado as palavras iguaizinhas como se encontravam no texto do autor, e vindo a ser uma interpretação, deve estar constado na ficha todos os dados da publicação inclusive a página, pois no momento de montar o trabalho de pesquisa será possível retomar a obra com os detalhes.
Fichamento: Assunto, conhecimentos

Corbisier ( Cotrin,2000), observa diferenças entre o homem e o animal quanto ao perguntar, para ele o homem pergunta e o animal não pergunta. O homem pergunta porque o conhecimento lhe é indispensável para sua sobrevivência, já o animal não pergunta,  pois não precisa saber, porque age por instinto ou reage aos estímulos da natureza, tudo que o animal precisa saber já está predeterminado em seu comportamento. O homem precisa  gerar conhecimento para evoluir, daí tipos de conhecimentos diferentes: empírico, filosófico e científico. Ao fazer isso, o homem transforma a si e a natureza em seu benefício e da sociedade, por outro lado o animal apenas se adapta a natureza.

Gilberto Cotrim.Fundamento da Filosofia, histórias e grandes temas. 15ª ed. P,55. São Paulo: Saraiva, 2000.