Esquema e resumos
O ESQUEMA E O RESUMO DE PARÁFRASE
Certa vez uma colega me confessou “sou capaz de
fazer minha dissertação com uma facilidade, mas agora que tenho que fazer o
resumo dela, não consigo”. Ouvi, e antes que eu começasse a fazer “um grande
sermão” de como tudo seria mais simples se ela soubesse algumas técnicas de visualização
de texto, resolvi apenas escutá-la e compadecer-me junto com ela de seu
sofrimento. Penso, que os alunos já deveriam aprender desde cedo desse expediente,
quando não no fundamental, pelo menos no ensino médio, para poderem extrair futuramente benefícios
nos trabalhos de faculdade.
O texto todo é um grande discurso apoiado por
argumentos. Argumentos principais são apoiados por outros argumentos
subalternos e que lhe dão sustentação. O problema é encontrar o argumento
principal e formar uma grande árvore de ideias que conduzem até ele. Outra
pessoa que visualize esta grande árvore
deve ser capaz de reconhecer o conteúdo
do texto ali. Porém, há que se ter o
cuidado da limpeza do esquema para que não seja colocada ideias de mais,
tornando-o inchado e nem ideias de menos tornando-o vago. Não se pode
demonstrar acanhamento, ficando restrito a transcrever palavra por palavra que
o autor escreveu no texto, nem também escrever algo que o autor não o disse. A
criatividade do elaborador do esquema deve aparecer na estrutura que melhor lhe
seja conveniente, para enxugar o texto: esquema tipo árvore, tipo arco, quadro
de tópicos, etc. assim como nos meios empregados para a passagem de uma ideia
para outra, usando chaves, sinais, símbolos, setas.
O RESUMO
O resumo agora fica
muito mais fácil, contando o esquema com suas palavras, apenas usando a
terceira pessoa será muito eficiente. Lembro-me da admiração de um Doutor, numa
banca de avaliação para eu ser aceito numa instituição de renome, que exclamou
de sua admiração e de como ninguém o havia ensinado a fazer esquemas e resumos.
Guardei para mim o pensamento de como aquele homem deve ter tido algumas
dificuldades que poderiam ser amenizadas, mas enfim. Não deve se esquecer de
citar o nome do autor e a data da publicação da obra em que foi extraído o
comentário. Ao se fazer fichamento para uma possível citação indireta, pois não
foi usado as palavras iguaizinhas como se encontravam no texto do autor, e
vindo a ser uma interpretação, deve estar constado na ficha todos os dados da
publicação inclusive a página, pois no momento de montar o trabalho de pesquisa
será possível retomar a obra com os detalhes.
Fichamento: Assunto, conhecimentos
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Corbisier ( Cotrin,2000), observa diferenças
entre o homem e o animal quanto ao perguntar, para ele o homem pergunta e o
animal não pergunta. O homem pergunta porque o conhecimento lhe é
indispensável para sua sobrevivência, já o animal não pergunta, pois não precisa saber, porque age por
instinto ou reage aos estímulos da natureza, tudo que o animal precisa saber
já está predeterminado em seu comportamento. O homem precisa gerar conhecimento para evoluir, daí tipos
de conhecimentos diferentes: empírico, filosófico e científico. Ao fazer
isso, o homem transforma a si e a natureza em seu benefício e da sociedade,
por outro lado o animal apenas se adapta a natureza.
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Gilberto Cotrim.Fundamento da Filosofia, histórias e grandes temas.
15ª ed. P,55. São Paulo: Saraiva, 2000.
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