segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Água e pão Certa vez em um reino distante, um sacerdote para lá foi mandado para evangelizar. Como vinha realizando um excelente trabalho o rei mandou chamá-lo. - Reverendo, sabemos que muitos dos meus súditos vêm se convertendo a sua religião. Disse o rei. Então, eu gostaria de me batizar e tornar sua religião oficial no meu reino. Entretanto, precisamos confirmar sua perspicácia e a força do seu Deus. Faremos uma sabatina de perguntas, três no máximo, e se saíres bem faremos o que está sendo prometido. O Padre viu ali uma oportunidade que esperava a algum tempo. Concordou prontamente. No entanto, escutou do rei. - Reverendo tem uma condição, apesar de que o Senhor já tenha concordado! Tais perguntas serão feitas por gestos, no caso do Senhor errar alguma, será mandado cortar sua cabeça. O Sacerdote viu se tratar de uma armadilha. Voltou para casa aflito. Os dias iam se passando e ia ficando cada vez mais angustiado. Percebendo o estado dele, seu irmão que era maluco passou a perguntar sobre o que tinha acontecido. O padre evitava não compartilhar com o maluco o que tinha acontecido, mas de tanto ser perguntado resolveu contar. - O rei me chamou e disse que vai me fazer três perguntas, se eu responder errado ele vai mandar cortar minha cabeça! O louco disse : - Não tem porque, remédio de doido é doido e meio, deixa que eu vou lá responder as questões por você! O Padre tentou em vão destitui-lo daquela ideia. No dia pré-determinado, porém, o doido levantou-se mais cedo que o padre, não achando como tomar o café da manha pegou um pão seco e se foi, vestido com a batina do padre, para o encontro com o rei. Para a surpresa de todos que achava naquela hora o sacerdote já está longe, viram o padre pronto para a sabatina. O Rei mandou juntar toda a corte e começou a série. Mostrou três dedos para quem achava ser o padre. O Qual com o resposta estirou o braço como quem fosse dar um soco. Aquilo foi um alvoroço, como alguém poderia fazer um gesto tão agressivo contra o rei, era o pensamento de todos. No entanto, o rei disse: - Parabéns gostei da sua resposta, isso prova ser o senhor uma pessoa muito inteligente. Então, passando para a segunda pergunta, o Rei mostrou um braço em punho, como alguém faz quando chama outro para briga. Mal sabia que vestido com a batina estava o louco, e gestos agressivos não se recomendam para esse tipo de pessoa. O Louco se aproximou do Rei e repetiu o mesmo gesto que tinha feito antes, só que agora seu braço ia e voltava, três vezes seguida, quase mesmo encostando ao rosto do rei. Para a plateia que assistia fora o máximo, agora o desrespeito era total. Mas, surpreendentemente o Rei disse: - Gostei sua resposta foi ótima. O Quê, como assim? Todos se perguntavam. - Passemos logo a terceira pergunta. Chamou um assessor que logo voltou trazendo uma laranja. Esse pegou a laranja, caminhou até o louco e fez como quem oferece a laranja para alguém. O Louco por sua vez, puxou o pão que tinha levado para o café da manhã e em gesto fazia como quem recusasse. O rei disse: - pode voltar em três dias, que será o tempo para elaboração do Edito. Quando em casa, o padre escutou da parte do louco que o rei havia dito que iria lhe dar três tapas. Que o louco respondeu que iria dar um soco no rei. Então, o rei teria dito que se isso acontecesse iria lhe dar um soco também. O louco respondera que seriam dado três socos bem na cara do rei. Finalmente, o rei viu que ele não tinha medo mesmo, procurou fazer amizade oferecendo uma laranja para o seu café da manhã, e o louco lhe disse que não precisava, pois não estava passando fome, e que tinha um pão também. O Padre achou tão esquisito, porque um rei seria tão violento, do contrário era só mandar soldados executarem seu irmão. De fato, recebeu um comunicado real marcando a solenidade de batismo do Rei e o consequente edito. Na solenidade ficou sabendo do conteúdo da sabatina, que o rei tinha perguntado se a religião do padre era politeísta (três deuses) e por resposta, monoteísta ( um punho cerrado), em seguida se se tratava de apenas uma pessoa divina, então, (O punho do rei), e como resposta que eram três pessoa, Pai, Filho e Espírito Santo ( três socos do rei), finalmente, o rei perguntara se na comunhão era oferecido água ( a laranja) e como resposta havia escutado ser o pão. O padre percebeu como havia dado sorte, pois se a linguagem empregada fosse outra, verbal ou escrita, ele estaria frito.

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